segunda-feira, 27 de julho de 2020
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
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VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Mulheres relatam assédio no transporte público: "Gritei e ninguém fez nada"
A locutora Aline Malafaia: "Me sinto desconfortável falando isso, mesmo depois de tantos anos" - Arquivo pessoal
A locutora Aline Malafaia: "Me sinto desconfortável falando isso, mesmo depois de tantos anos"
Imagem: Arquivo pessoal
Roseane Santos
Colaboração para Universa
27/07/2020 04h00
No início de julho, Larissa Almeida, 21 anos, sofreu assédio sexual dentro de um vagão de trem no Rio de Janeiro. Além de fazer um boletim de ocorrência na 63ª Delegacia de Polícia de Japeri para denunciar o caso de importunação sexual, ela usou o celular para gravar imagens do rapaz, que se masturbou na frente dela, e divulgou vídeos sobre o ocorrido em suas redes sociais.
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No Facebook, a esposa do homem disse que ele é inocente: "Ele foi acusado de assédio no trem por uma maluca, já é a segunda vez que acontece isso".
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O caso, que viralizou e ganhou repercussão, infelizmente está longe de ser uma exceção.
"Nós mulheres, infelizmente, passamos por isso todos os dias. Ontem, diferente de muitas vezes, eu decidi não me calar ", disse Larissa em depoimento publicado em seu Instagram.
Universa reuniu depoimentos de mulheres que também sofreram assédio no transporte público e dicas de como agir em situações parecidas. . "Me senti como se tivesse sido estuprada", diz a locutora Aline Malafaia. "Hoje, teria feito um escândalo."
"Ele ainda se fez de vítima"
mariana basilio - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Imagem: Arquivo pessoal
"Estava com minhas duas filhas e nunca me esqueci do que aconteceu dentro do ônibus 434- Linha Grajaú-Leblon (Rio de Janeiro). Um senhor de aproximadamente 60 anos começou a fazer sinal para que a minha filha mais velha, na época com nove anos de idade, fosse sentar perto dele.
Eu estava sentada ao lado, com a minha caçula, e ela cismou de ficar em um banco mais alto sozinha, coisa de criança. Ele piscava o olho, começou a falar gracinhas, gestos e pedia para ela ficar junto dele, com um jeito bem estranho.
Ela começou a ficar assustada com a insistência dele. Quando percebi o que estava acontecendo, gritei e ele não parava. Nesse dia, o próprio motorista pulou a roleta e colocou o sujeito para fora. Nesse tempo, ainda não era comum ir à delegacia para dar queixa desse tipo de acontecimento. Já faz uns dez anos.
E já aconteceu comigo também. Peguei um ônibus cheio e um homem parou e ficou pressionando o corpo atrás de mim. Não saía de jeito nenhum. Eu pedi para se afastar, e ele insistiu. Gritei, pedi ajuda e as pessoas me enxergaram como maluca.
Ele, além de se esfregar, ainda falou baixarias no meu ouvido. Sei bem o que ele falou, mas as pessoas que estavam em volta, não. Ele ainda se fez de vítima."
Mariana Basílio, 39 anos, Coordenadora de Comunicação no Instituto Nacional de Combate à Violência Familiar
"A gente não era criada para pedir ajuda"
Eu passei muito por esse tipo de importunação quando era mais nova. Lembro de um episódio, acho que deveria ter uns 17 anos. O ônibus não estava cheio e um cara se sentou do meu lado, colocou o pênis para fora e começou a se masturbar. Naquela época a gente não era criada para pedir ajuda. A ordem era sair de perto.
O que eu fiz foi levantar, dar sinal e descer no ponto seguinte. Eu sempre escutei coisas do tipo: "mulher tem que se dar ao respeito", "mulher não pode usar roupa curta porque senão está pedindo". Esse era um discurso muito marcante. Infelizmente, essa não foi a única situação. Incontáveis vezes em metrô cheio, já senti homem se esfregando ao ponto de notar que ele estava ficando excitado.
Um dia, estava esperando o metrô na estação do Irajá. A plataforma estava quase vazia. No movimento de entrar e sair do metrô, um cara enfiou a mão debaixo da minha saia e tentou colocar o dedo em mim.
Ele não conseguiu, porque dei um pulo. Olhei para trás e havia três homens, não sabia quem poderia ter sido. Fiquei na estação e não tinha nenhum fiscal para me socorrer. Me senti como se tivesse sido estuprada. Eu me sinto desconfortável falando isso, mesmo depois de tantos anos. Na época, não tinha a cabeça que tenho hoje. Hoje, teria feito um escândalo."
Aline Malafaia, 35 anos, locutora
"Usou uma mala para disfarçar"
"Essa situação já aconteceu algumas vezes comigo, mas duas delas me marcaram. Na primeira, eu devia ter uns 13 anos. Voltando do colégio de ônibus, um cara se sentou do meu lado, com uma mala no colo. Percebi que tinha alguma coisa estranha e vi que estava se masturbando, usava a mala para disfarçar. Fiquei com muito medo e a sensação de impotência.
Era nova, não entendia nada sobre sexo e nem sabia ao certo o que estava acontecendo. A única coisa que fiz foi descer do ônibus, sem fazer nada.
Na segunda vez em que isso aconteceu, estava indo para o trabalho, já era mais velha. Estava de óculos escuros e ele achou que eu não estivesse vendo que ele se masturbava do meu lado. Dessa vez, reagi. Comecei a gritar dentro do ônibus e a bater nele, ninguém fez nada, geralmente ninguém nunca faz. Ele saiu correndo e desceu no ponto seguinte."
Laura Oliveira, 29 anos, bacharel em direito
O que fazer em casos de assédio no transporte público
A advogada Rachel Serodio de Menezes, especializada em direito civil e processo civil, com atuação em casos de violência de gênero, aponta alguns caminhos que vítimas de assédio no transporte público podem seguir.
Pedir ajuda a quem estiver por perto ou aos profissionais da empresa de transporte (motorista, fiscal, trocador). E acionar imediatamente a polícia
Filmar: o vídeo é prova. A palavra basta e deve ser considerada, mas sozinha, sem qualquer outra prova da autoria, fica muito difícil se chegar ao importunador
Fazer o registro na delegacia mais próxima e guardar o máximo de informações sobre o ocorrido, como hora, características do agressor e dados de testemunhas
Formalizar o ocorrido em mensagens para grupos ou pessoas próximas
Informar se o local onde aconteceu o episódio tem câmeras porque as imagens podem ser solicitadas. Muitos casos não seguem por falta de provas ou falta de indícios
Se a polícia se recusar a registrar a denúncia, a vítima pode buscar a Ouvidoria ou Corregedoria. Pode também buscar o Ministério Público local para denunciar a recusa bem como noticiar o crime
quinta-feira, 9 de julho de 2020
Nova lei reforça medidas de combate à violência doméstica e familiar durante a pandemia.
Nova lei reforça medidas de combate à violência doméstica e familiar durante a pandemia.
Novas medidas para reforçar o combate à violência doméstica e familiar durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) entraram em vigor. A lei sancionada pelo presidente da República, nesta quarta-feira (8), altera norma anterior, publicada em fevereiro deste ano.
O texto que beneficia mulheres, crianças, adolescentes, pessoas idosas e com deficiência define como urgente, enquanto durar o estado de emergência de saúde, todos os prazos processuais, a apreciação de matérias, o atendimento às vítimas e a concessão de medidas protetivas que tenham relação com atos de violência doméstica e familiar. De acordo com a norma, os exames de corpo de delito também deverão ser prioritários nesses casos.
Ler mais em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2020-2/julho/nova-lei-reforca-medidas-de-combate-a-violencia-domestica-e-familiar-durante-a-pandemia
MULHERES PRETAS
Mulheres PRETAS valorosas!!!
Margareth Anselmo
MULHERES PRETAS
Seguimos no enfrentamento à violência com foco em mulheres evangélicas durante a pandemia da covid-19
“Mulher, vai tudo bem contigo?”
Essa é a pergunta que norteia a campanha de enfrentamento à violência contra as mulheres evangélicas nestes tempos de pandemia.
Estamos unidas para colaborar com tantas outras iniciativas de enfrentamento às violências contra as mulheres, que principalmente neste tempo de pandemia tem crescido absurdamente.
Quantas mulheres em nossas igrejas têm respondido “está tudo bem” mas na verdade tem vivido situaçãoes em que seus lares estão destruídos, sofrendo humilhações, isolamentos, violências. Há mulheres em nossas igrejas que nem são perguntadas se estão bem ou não, não há interesse ou credibilidade, sofrem caladas.
Sendo assim, como você pode contribuir?
É simples:
Compartilhando:
– IMAGENS, que vão servir para que as mensagens circulem facilmente;
– VÍDEOS com Comentários bíblicos para que você perceba como a bíblia pode ser instrumento para a opressão ou libertação.
MAS NÃO É SÓ ISSO!
Precisamos acolher as mulheres evangélicas vítimas de violência pela escuta ativa e empática, além de conhecer a rede pública de enfrentamento e como acessá-la.
Nós cremos que tudo pode ser diferente! É preciso transformação no nosso modo de pensar e de agir!
Nós perguntamos “Mulher, vai tudo bem contigo?” porque fomos inspiradas pelo texto bíblico de 2 Reis 4:8-37, que relata sobre uma Mulher que era da cidade de Suném que ofereceu comida e abrigo ao profeta Eliseu. Nós a conhecemos apenas como Mulher Sunamita porque infelizmente o escritor desse texto bíblico não achou que era importante informar seu verdadeiro nome.
A Mulher Sunamita era uma mulher forte, determinada, serena, equilibrada. Ao constatar que seu filho estava morto, leva seu corpo até o quarto do profeta, fecha a porta do quarto e vai ao encontro do profeta.
O profeta ao ver a Sunamita, fala para o moço Geazi perguntar: “ Mulher, está tudo bem com você? Tudo bem com seu marido? E com seu filho?” E olha só, a Sunamita responde: “Está tudo bem”.
Neste texto bíblico é possível perceber que a Sunamita respondeu que estava tudo bem, mas estava profundamente angustiada! E o profeta percebeu isso.
Claro! Seu filho estava morto!
Em nosso país, a cada DUAS horas UMA mulher é morta. Por ser mulher. Nosso país ocupa o 5º lugar no ranking MUNDIAL de países mais violentos contra as mulheres.
Vmos trabalhar intensamente para alcançar o máximo de irmãs, irmãos e igrejas.
Se você também entende que nós, como MULHERES PRETAS cristãs e cristãos, temos a responsabilidade de enfrentar TODO TIPO DE VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES, VOCÊ PODE NOS AJUDAR.
Junte-se a nós!!
sábado, 4 de julho de 2020
Conheça 10 tipos de abuso que as mulheres sofrem
14/03/2016
Fonte: Feirenses
A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) é a principal legislação brasileira para a enfrentar a violência contra a mulher. A norma é reconhecida pela ONU como uma das três melhores legislações do mundo no enfrentamento à violência de gênero.
Além da Lei Maria da Penha, a Lei do Feminicídio, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em 2015, colocou a morte de mulheres no rol de crimes hediondos e diminuiu a tolerância nesses caso.
Mas o que poucos sabem é que a violência doméstica vai muito além da agressão física ou do estupro. A Lei Maria da Penha classifica os tipos de abuso contra a mulher nas seguintes categorias: violência patrimonial, violência sexual, violência física, violência moral e violência psicológica.
Conheça algumas formas de agressões que são consideradas violência doméstica no Brasil:
1: Humilhar, xingar e diminuir a autoestima
Agressões como humilhação, desvalorização moral ou deboche público em relação a mulher constam como tipos de violência emocional.
2: Tirar a liberdade de crença
Um homem não pode restringir a ação, a decisão ou a crença de uma mulher. Isso também é considerado como uma forma de violência psicológica.
3: Fazer a mulher achar que está ficando louca
Há inclusive um nome para isso: o gaslighting. Uma forma de abuso mental que consiste em distorcer os fatos e omitir situações para deixar a vítima em dúvida sobre a sua memória e sanidade.
4: Controlar e oprimir a mulher
Aqui o que conta é o comportamento obsessivo do homem sobre a mulher, como querer controlar o que ela faz, não deixá-la sair, isolar sua família e amigos ou procurar mensagens no celular ou e-mail.
5: Expor a vida íntima
Falar sobre a vida do casal para outros é considerado uma forma de violência moral, como por exemplo vazar fotos íntimas nas redes sociais como forma de vingança.
6: Atirar objetos, sacudir e apertar os braços
Nem toda violência física é o espancamento. São considerados também como abuso físico a tentativa de arremessar objetos, com a intenção de machucar, sacudir e segurar com força uma mulher.
7: Forçar atos sexuais desconfortáveis
Não é só forçar o sexo que consta como violência sexual. Obrigar a mulher a fazer atos sexuais que causam desconforto ou repulsa, como a realização de fetiches, também é violência.
8: Impedir a mulher de prevenir a gravidez ou obrigá-la a abortar
O ato de impedir uma mulher de usar métodos contraceptivos, como a pílula do dia seguinte ou o anticoncepcional, é considerado uma prática da violência sexual. Da mesma forma, obrigar uma mulher a abortar também é outra forma de abuso.
9: Controlar o dinheiro ou reter documentos
Se o homem tenta controlar, guardar ou tirar o dinheiro de uma mulher contra a sua vontade, assim como guardar documentos pessoais da mulher, isso é considerado uma forma de violência patrimonial.
10: Quebrar objetos da mulher
Outra forma de violência ao patrimônio da mulher é causar danos de propósito a objetos dela, ou objetos que ela goste.
Fonte: Portal Brasil
sexta-feira, 3 de julho de 2020
quinta-feira, 2 de julho de 2020
Nós mulheres exigimos respeito.
Mulheres, é impossível viver neste mundo sendo explorada, abusada, maltratada, humilhada, desrespeitada. Já chega de se submeter a estes descasos sociais, praticados por "homens" desrespeitosos imorais.
Mulheres, precisamos nos enxergar posicionar contra tais atitudes que deamoralizam e desrespeitam nossa conduta de vida moral e ética.
Somos seres humanos com verdades absolutas, dignas de respeito, honra e reverência. Já chega de nos submertemos a estes absurdos.
Há anos, desde muitos anos que roubam nossa liberdade, nossa dignidade, nosso caráter, nossa ética moral.
Precisamos nos olhar no espelhos e nos conhecer. O autoconhecimento da mulher precisa de urgência para este tempo e chega de abusos, assédio feminicidio, já chega de opressão feminina, já chega de tanta humilhação. Exigimos respeito!!
JÁ CHEGA!!
MULHERES NAO SE CALEM!
NAO SE SUBMETAM A HUMILHAÇÃO!!
DENUCIE QUALQUER TIPO DE ABUSO, GRACINHA, OFENSA, AGRESSÃO FÍSICA OU MORAL.
Coach Pp Margareth Anselmo
"Somos mulheres livres que exigemos respeito."
SARAH BAARTMAN, A MULHER AFRICANA QUE VIROU UMA ATRAÇÃO DE CIRCO
SARAH BAARTMAN, A MULHER AFRICANA QUE VIROU UMA ATRAÇÃO DE CIRCO
Durante seus curtos 26 anos de vida, a jovem foi exibida em museus europeus como uma aberração que fugia do comum
PAMELA MALVA PUBLICADO EM 11/05/2020, ÀS 11H40 - ATUALIZADO ÀS 11H46
No passado, tudo e qualquer coisa que fugisse do padrão europeu era considerado uma aberração. Exatamente por isso, diversas pessoas consideradas incomuns foram exploradas por freak shows e exposições degradantes.
De mulheres cobertas por pêlos até o menor dos homens, africanos e sul-americanos, por exemplo, eram constantemente subjugados. Em verdadeiras famílias de circo, muitos eram carregados de um continente ao outro, a fim de arrecadar dinheiro.
Esse foi o caso de Sarah, ou Saartjie, Baartman. Dona de um corpo que fugia muito aos padrões impostos na época, a mulher africana era considerada uma atração e, por esse motivo, viveu uma vida inteira exposta em museus europeus.
Jovem e explorada
Pouco se sabe sobre a origem de Sarah — mesmo que ela fosse constantemente analisada por burgueses europeus. Acredita-se que a jovem tenha nascido na Província Oriental do Cabo, na África do Sul, em meados de 1789.
Filha de uma mãe simples e de um pai criador de gado, Sarah se viu órfã desde muito pequena. Sozinha no mundo, ela encontrou um namorado gentil, com quem teve um filho. O homem, entretanto, foi morto por um colono holandês e o bebê não sobreviveu.
Mais uma vez, Sarah percebeu que deveria atirar-se ao mundo e, assim, começou a trabalhar como doméstica. Foi apenas em outubro de 1810 que tudo mudou. Apesar de analfabeta, ela teria assinado um contrato com William Dunlop e Hendrik Cesars.
Originais da inglaterra, os dois homens — donos da casa onde ela trabalhava — convenceram Sarah a viajar até a Inglaterra para participar de um espetáculo. Sem muitas perspectivas na África do Sul, a jovem aceitou.
Uma vida nos palanques
Inicialmente, os homens teriam se surpreendido com o corpo da jovem doméstica. Acometida por uma condição genética específica, Sarah tinha nádegas protuberantes, bem maiores que as vistas na Europa, devido à acumulação de gordura em seu corpo.
Assim, ela foi exposta aos curiosos no Piccadilly Circus, em Londres. Isso porque, segundo Rachel Holmes, autora de A Vênus Hotentote: vida e morte de Saartjle Baartman, “nádegas grandes estavam na moda na época, e muitas pessoas invejavam o que ela tinha naturalmente”.
No espetáculo londrino, Sarah era vestida com roupas justas da cor de sua pele, decoradas com plumas coloridas e, em quase todos os momentos, fumava cachimbo. Por vezes, era levada até a casa de clientes abastados que pagavam por demonstrações privadas e, dessa forma, podiam tocar em seu corpo.
Em pouco tempo, ela recebeu o nome de Vênus Hotentote. Na época, o termo era usado pelos holandeses para caracterizar os khoikhois e os san, membros dos khoisans, um importante grupo africano.
Busca por justiça
Pouco antes de Sarah viajar para a Europa, o império britânico já tinha abolido o tráfico de escravos, em 1807, mas não a escravidão. Por esse motivo, muitos pensadores modernos questionam as condições de trabalho que Sarah era submetida.
Naquela época, os empresários da jovem africana foram processador por detê-la contra sua vontade. Com o testemunho de Sarah, no entanto, os dois foram inocentados. "Ainda não se sabe se Baartman foi forçada, ou se atuou por livre arbítrio”, explicou o historiador Christer Petley, da Universidade de Southampton, na Inglaterra.
Com o tempo, todavia, o show de Sarah começou a perder a influência entre o público inglês e, assim, ela foi mandada para uma turnê pela Grã-Bretanha e Irlanda. Em 1814, foi para Paris ao lado de seu empresário Hendrik Cesars.
O homem, contudo, voltou para a África do Sul, deixando Sarah nas mãos de um exibidor de animais. Sob os cuidados do novo empresário, ela fumava e bebia constantemente e, segundo alguns biógrafos, foi prostituída.
Após uma vida de exploração, Sarah morreu em dezembro de 1815, aos 26 anos. Acredita-se que tenha sido vítima de pneumonia, sífilis ou alcoolismo. Seu cadáver e órgãos íntimos continuaram a ser expostos em Paris até 1974.
Os restos de Sarah apenas voltaram para sua cidade natal depois de um pedido oficial de Nelson Mandela, em 2002. Ela foi enterrada em agosto do mesmo ano, cerca de 192 anos após assinar o contrato que a levaria para a Europa.
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Postado por PP Margareth Anselmo
Artigo retirado do conhecendo a História.
EXPLORADA E EXIBIDA COMO ATRAÇÃO HUMANA: 5 FATOS TRISTES SOBRE SARAH BAARTMAN
EXPLORADA E EXIBIDA COMO ATRAÇÃO HUMANA: 5 FATOS TRISTES SOBRE SARAH BAARTMAN
Levada para a Europa e tratada como "aberração", Baartman não teve sossego nem depois de morta
CAIO TORTAMANO PUBLICADO EM 28/06/2020, ÀS 08H00
1. Origem incerta
Embora a jovem tenha sido objeto de estudo para vários nomes da Europa enquanto fora alvo de exposições, não se sabe ao certo quanto a origem de Sarah. O mais provável é que ela tenha nascido na Província Oriental do Cabo, na África do Sul, em meados de 1789.
2. Início da vida públicaDepois do trágico falecimento de seu namorado, com quem teve um filho que morreu pouco depois de nascer, Baartman passou a trabalhar como empregada doméstica na casa de dois europeus.
Os ingleses — William Dunlop e Hendrik Cesars — notaram a exuberância do corpo da mulher aos olhos europeus e firmaram um contrato generoso com ela para que se exibisse na Europa. Sem saída, ela aceitou, uma vez que tinham poucas coisas que a prendiam a África do Sul.
3. Causas naturais
Portadora de uma condição genética específica, Sarah tinha um acúmulo de gordura anormal nos glúteos, tornando-os desproporcionais ao resto do corpo — o que chamou a atenção dos ingleses. Com isso, seu corpo se tornou completamente distinto dos que eram vistos em maioria na Europa.
De acordo com a autora de A Vênus Hotentote: vida e morte de Saartjie Baartman, “nádegas grandes estavam na moda na época, e muitas pessoas invejavam o que ela tinha naturalmente”. Por isso, a mulher era exposta a curiosos em uma das praças mais movimentadas de Londres, Piccadilly Circus.
4. Explorada
A caracterização da moça era racista. Caracterizada com plumas coloridas e roupas justas da mesma cor de sua pele, a mulher aparecia fumando um cachimbo, e depois das apresentações era contratada para exibições particulares, em que homens poderiam tocar em seu corpo.
Depois de estar nas mãos dos dois ingleses, uma série de problemas judiciais envolvendo a situação de trabalho em que se encontrava (se ela era obrigada a trabalhar ou não, ao que ela mesma negou — entretanto, não se sabe se foi cooptada) fez com que Sarah passasse para as mãos de um exibidor de animais. Com ele a mulher teria vicio em álcool e, supostamente, entrando no mundo da prostuição.
5. Fim de vida agitado
Nem mesmo após a morte com 26 anos, com suspeita entre sífilis, pneumonia ou alcoolismo, seus restos mortais puderam descansar. Seu cadáver e partes íntimas permaneceram em exibição na capital francesa, Paris, até 1974.
Foi somente em 2002, diante de um pedido feito por Nelson Mandela em 1994, que os restos da mulher explorada pelos europeus foi levado de volta à sua terra natal. Com essa mudança, seu cadáver foi finalmente enterrado e hoje está protegido com um monumento.
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Postado por PP Margareth Anselmo
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